Carona de c% é rola!

2ª feira, 21h, aula *bacana* de Comunicação em Relação Públicas, hora do intervalo. Sabe aquele meliante que só conversa com você quando tem algum *motivo* muito forte para dirigir a palavra a sua pessoa? Pois bem, tem uma guria que é assim. Veja abaixo o diálogo, onde a letra C sou eu e a letra F, a fulana:

F: Oi Caru, tudo bom? Chegou atrasada na aula! Trabalhando muito, né?
C: É sim! Rodízio, só saio depois das 20h. (obs:mentira, meu rodízio é de 6ª feira)
F: Ah tá! Se você não viesse, iria assinar a lista para você (obs: as pessoas que precisam de um favor, tendem a querer “retribuir o favor”, antes fazer o pedido de ajuda )
...
F: Caru, você passa pela Pça Panamerica, né?
C: Errrr... mais ou menos!
F: É que hoje meu namorado não vai poder vir me buscar, rola uma caroninha? (obs: as pessoas que precisam de um favor, tendem a usar diminutivos com o objetivo do favor parecer menos do que realmente é).
C: Ok!
F: Você se importar em sair as 22h20? É que meu ônibus passa as 22h35. (obs: além de pedir o favor, ainda quer que eu saia mais cedo da aula. brincadeira!)

22h20, ela olha pra minha direção e com o olhar aponta em direção à porta. Ai, meu santo antonio, capricha na minha brenda, estou fazendo mais boas ações do que imaginava.

No carro:
F: Caru, você não sabe? Blá blá blá blá...
C: Nossa!
F: E ela me disse blá blá blá blá...
C: Nossa!
F: E então, achei melhor blá blá blá...
C: Nossa!
F: Caru, obrigada! Você pode abrir a porta do porta-malas para eu pegar meu notebook, por favor?

E lá vai eu, estacionar no meu na pista da esquerda, da Pça Panamericana, de noite, com sono, com frio, com fome, porque a guria, além de pedir carona, foi o suficientemente folgada em ponto de querer se acomodar confortavelmente no banco da frente do MEU carro e para isso, decidiu guardar a jorsa da bagaça do notebook dela no meu porta-malas.

F: Caru, rápido, rápido, meu ônibus está vindo! Beijo, obrigada, até 4ª!

Pensei: “Aleluia”.... mas, ei, caralho... cadê a chave do meu carro??? PUTA QUE PARIU!!!
A vaca/vaca/vaca fez eu trancar a minha própria chave do meu próprio carro no meu porta-malas. Meu santo antonio, eu te pergunto: Que porra eu fiz nesse mundo pra merecer isso?

Me mata, por favor!